A/F
A relação A/F (Air/Fuel), também chamada de mistura, é a proporção de ar e combustível utilizada por um motor a combustão interna. É classificada como estequiométrica quando tem a menor quantidade possível de ar para que todo o combustível seja consumido na reação de queima. Porém, como os motores trabalham em diferentes regimes de funcionamento e estão suscetíveis à variação de carga, temperatura, umidade e pressão atmosférica, a relação A/F precisa ser adequada a cada circunstância.
ABS
O sistema de freios ABS (Anti-lock Brake System) evita o travamento das rodas durante frenagens bruscas e, por isso, permite ao condutor manter o controle do veículo em emergências, reduzindo também, na maioria dos casos, a distância necessária para parar o veículo. Isso acontece porque um módulo eletrônico monitora a velocidade de cada roda através de sensores e, ao detectar diferenças de velocidade durante a frenagem, atua controlando a pressão do fluido de freio e evitando que a roda pare.
Airbag
O sistema de Airbag (Bolsa de ar), também conhecido como Sistema de Restrição Suplementar (SRS), é um importante dispositivo de segurança passiva. Assim, quando o veículo sofre um impacto, sensores de colisão identificam e transmitem a informação para um módulo de controle. Este interpreta os sinais e aciona bolsas de ar que inflam em fração de segundo para amortecer o impacto dos ocupantes contra as superfícies internas do veículo.
Alternador
O alternador é responsável pela alimentação elétrica dos sistemas do veículo quando o motor está em funcionamento, bem como recarregar a bateria. É um gerador de energia acionado pelo motor através da correia auxiliar e, dessa forma, transforma energia mecânica em elétrica. Tem este nome porque gera energia em corrente alternada, tendo retificadores internos que a transformam em corrente contínua.
Ar Condicionado (A/C)
Se utiliza o sistema de ar condicionado, ou air conditioning (A/C), com o intuito de reduzir a temperatura do habitáculo. Funciona com o ciclo de refrigeração: um gás refrigerante é comprimido e, por isso, sofre elevação de temperatura. Depois condensado e libera calor para o ar ambiente. Assim, vai para o estado líquido, sofrendo a seguir rápida expansão que o deixa gelado. Por isso absorve calor do ar soprado na cabine de passageiros e, devido ao aquecimento, vira gás novamente e recomeça o ciclo.
Arla 32
O Arla 32 (Automotive Liquid Reducing Agent) é uma substância composta por 32% de uréia e 68% de água desmineralizada. Pulverizada pelos sistemas de redução catalítica diretamente na tubulação do escapamento, reage quimicamente com a fumaça residual. Se faz isto com o intuito de tentar neutralizar parte do elevado percentual de óxidos de nitrogênio nos gases de escape, agentes poluentes altamente tóxicos presentes nos gases de escape dos motores a diesel.
Arrefecimento
O sistema de arrefecimento serve para manter o motor na temperatura ideal de funcionamento. Para que isso aconteça, uma bomba mecânica ou elétrica faz circular o fluido de arrefecimento pelos dutos de arrefecimento, captando o calor excessivo e o dissipando no ar ambiente através do radiador. Outros componentes auxiliam o sistema a funcionar corretamente como, por exemplo, o reservatório de expansão e a ventoinha. Em alguns veículos o arrefecimento pode resfriar também outros sistemas como a caixa de transmissão, ou outros fluidos como o ar de admissão e o óleo lubrificante.
Atuador
Atuadores são como “braços” da eletrônica, recebendo um comando elétrico e o transformando em movimento ou outras formas de energia para controlar variados componentes, conforme demanda do módulo eletrônico responsável. Temos, por exemplo, os injetores de combustível e o corpo de borboleta, eletroválvulas comandadas pelo módulo do motor para regular a quantidade de combustível na mistura.
Atuador de Marcha Lenta (IAC)
O atuador de marcha lenta, ou idle air control (IAC), é o componente responsável por manter a rotação do motor estável e constante quando em regime de marcha lenta. Controlado pelo módulo do motor para que regule a quantidade de ar admitido pelo motor. Em alguns carros, um atuador utilizam um canal alternativo ao corpo de borboleta, enquanto outros controlam a própria borboleta do acelerador para efetuar este ajuste.
Bateria
A bateria é um acumulador que usa a reação entre os eletrodos para converter energia química em elétrica. Com um padrão de tensão nominal de 12V nos sistemas atuais, ela alimenta os sistemas elétricos do veículo quando o motor não está em funcionamento. Para que se reverta a reação química e restabeleça sua carga, um gerador ligado ao motor a combustão fornece eletricidade para a bateria quando em funcionamento.
Bico Injetor
Os injetores, ou bicos injetores, têm a função de pulverizar o combustível para que se forme a mistura ar-combustível, tanto em motores de ciclo Diesel quanto Otto. Em sistemas mecânicos, mais antigos, a própria pressão da linha os aciona. Já nos sistemas eletrônicos são de solenóide ou piezoelétricos. Varia também o tipo de injeção: na indireta se pulveriza o combustível no coletor de admissão e, por isso, demanda baixa pressão de linha. Já na direta a pulverização acontece diretamente no cilindro, o que requer alta pressão de combustível para que se vença a pressão interna da câmara de combustão.
Biela
As bielas são os elementos que fazem a ligação entre o virabrequim e os pistões do motor de combustão interna, transmitindo o movimento linear do pistão para que o virabrequim o transforme em movimento rotacional.
Bobina de Ignição
Motores de ciclo Otto precisam de uma centelha para que se inflame a mistura ar-combustível e, assim, forneça trabalho. Este é o papel da bobina de ignição, em essência um transformador eletromagnético, projetado para que a tensão de 12V do sistema elétrico do veículo se eleve para mais de 9000V. Esta alta tensão é necessária para vencer a rigidez dielétrica do ar, fazendo uma faísca saltar na vela de ignição.
Bomba d’água
A bomba d’água é um componente vital para a operação do motor pois é ela quem faz com que o fluido de arrefecimento circule pelo sistema, mantendo a temperatura sob controle. Pode ter acionamento mecânico, propulsionada por engrenagens, pela correia dentada, de acessórios, ou mesmo diretamente pelo virabrequim. Ou pode ter acionamento elétrico, com controle por um módulo específico ou pelo próprio módulo de injeção.
Bomba de Combustível
A bomba de combustível leva o combustível do tanque para o motor. Na era do carburador normalmente eram mecânicas, instaladas no bloco do motor e acionadas pelo virabrequim. Com a adoção da injeção eletrônica, passaram a ser elétricas e instaladas próximas ou dentro do tanque, bem como encarregadas de manter uma pressão mínima necessária na linha. Nos sistemas de injeção direta há uma segunda bomba, com a finalidade de aumentar a pressão no rail, e normalmente mecânica.
Cabeçote
O cabeçote é o fechamento superior das câmaras de combustão do motor e, na maioria dos motores modernos, contém as válvulas e comandos de válvulas. No passado, porém, muitos motores eram equipados com comandos no bloco, acionando as válvulas no cabeçote através de varetas e balancins. Outros modelos ainda mais antigos possuíam as válvulas no próprio bloco do motor, fazendo com que o cabeçote fosse uma simples tampa.
Caixa de Direção
A caixa de direção transforma o giro do volante em movimento linear, com o intuito de direcionar as rodas. Existem diferentes sistemas e o mais comum atualmente é o de pinhão e cremalheira. Neste, o pinhão ligado à coluna de direção gira, deslocando lateralmente a cremalheira juntamente com os braços axiais e terminais de direção. Por fim, estes direcionam as mangas de eixos onde são montadas as rodas. Em alguns sistemas a força necessária para girar o volante é reduzida com auxílio hidráulico ou elétrico.
Caixa de Transferência e Diferencial
Veículos com tração integral precisam sincronizar a velocidade de rotação das rodas entre os eixos dianteiros e traseiros, dessa forma evitando danos ao sistema de transmissão. Assim, a caixa de transferência distribui a tração da caixa de câmbio para cada eixo. Alguns modelos permitem controlar qual eixo recebe tração, e podem ter caixas de redução com a finalidade de aumentar a tração em pisos escorregadios. Já o diferencial compensa a diferença de rotação entre a roda do lado direito e a do lado esquerdo, principalmente em curvas.
Came
Os cames são peças excêntricas que transformam um movimento rotacional em um movimento linear. Nos motores a combustão interna são saliências que aparecem no comando de válvulas, permitindo que a rotação do comando empurre os balancins e/ou tuchos de válvulas e, como resultado, abra as válvulas no momento adequado. Aparecem também em outros eixos para acionar, por exemplo, bombas de combustível, de óleo e outros dispositivos.
Carga e Partida
Partida é o ato de ligar o motor a combustão interna, em que um estímulo externo rotaciona o virabrequim para que inicie o movimento de subida e descida dos pistões. Quem fornece este estímulo é o motor de partida que, alimentado pela bateria, se acopla ao volante do motor e faz girar o virabrequim, desacoplando automaticamente após a partida. Porém isto demanda elevado torque, que provoca alto consumo de energia em pouco tempo. Assim, é necessário o sistema de carga, que consiste em um gerador (alternador) que, movido pelo motor, carrega a bateria e torna possível a próxima partida.
Central da Carroceria (BCM)
A central de carroceria ou BCM (Body Control Module), é uma central eletrônica de processamento que controla funções de limpeza e iluminação do veículo, como limpadores e lavadores do para-brisa e o acendimento das luzes. Em alguns veículos controla também, por exemplo, sistemas de chave inteligente (keyless), alarme, buzina, travamento das portas e até mesmo o ar-condicionado. Além disso, recebe informações de alguns sensores e transmite a outros módulos diretamente ou via rede de comunicações (como a CAN). Pode receber outros nomes como BC na linha Fiat, UCH na Renault e BSI no grupo PSA.
Código de Falha (DTC)
Os códigos de falha, também chamados códigos de defeito ou DTC (Diagnostic Trouble Codes) formam uma espécie de linguagem que os módulos eletrônicos utilizam para informar qual parte ou função do veículo está com defeito. São gerados como resultado de um auto-diagnóstico das centrais e possibilitam direcionar as verificações para o componente ou sistema com problema, permitindo orientar a solução dos defeitos. Equipamentos como o scanner fazem a leitura dos códigos.
Coletor
Os coletores são conjuntos de dutos que conduzem o fluxo de um fluido, como por exemplo o ar, e os motores a combustão interna utilizam geralmente dois deles. O coletor de admissão, que tem a função de distribuir uniformemente para cada cilindro a mistura ar/combustível (ou ar em motores com injeção direta). E o coletor de escapamento, que reúne os gases de escape de múltiplos cilindros para uma quantidade menor de dutos.
Common Rail
O common rail é um sistema de injeção de combustível utilizado em motores ciclo Diesel. Como grande avanço em relação aos sistemas anteriores, possui um tubo que acumula combustível sob alta pressão e o fornece aos cilindros do motor através de injetores individuais. Por isso consegue melhor controle, aumentando a eficiência do motor e reduzindo as emissões de poluentes, além de ter funcionamento mais silencioso e suave.
Compressor do Ar Condicionado
A função do compressor do ar condicionado é comprimir o gás refrigerante para que o ciclo de refrigeração aconteça. Para isso ele tem uma polia propulsionada pela correia auxiliar do motor a combustão que, com o sistema desligado, gira livremente. Ao ligar, uma embreagem eletromagnética acopla a polia ao eixo do compressor e faz com que ele funcione. Há compressores que usam um motor elétrico no lugar da tração do motor.
Controle de Emissões
O controle de emissões consiste de ações que visam diminuir o impacto ambiental dos veículos automotores, especialmente os que utilizam motores de combustão interna. Pela sua natureza de funcionamento, os motores a combustão emitem elevado índice de substâncias tóxicas no ar. Percebendo prejuízos à saúde pública, desde a década de 1950 órgãos governamentais de diversos países vêm estudando e implementando legislações que obrigam os fabricantes de veículos a controlar as emissões atmosféricas.
Controle de Estabilidade (ESP)
O controle de estabilidade, ou electronic stability program (ESP), é um sistema de segurança ativo que interpreta dados de diversos sensores do veículo para identificar indícios da perda do controle da direção. Ao identificar problemas como uma derrapagem, por exemplo, ele atua nos freios para corrigir e manter o carro na trajetória correta. Em alguns veículos ele pode também reduzir a potência do motor ou comandar a transmissão para auxiliar na correção da trajetória.
Controle de Tração (TCS)
O controle de tração, ou traction control system (TCS), é um sistema que evita a perda de tração das rodas motrizes. Normalmente uma função secundária do controle eletrônico de estabilidade, ele pode atuar nos freios ou mesmo no gerenciamento de potência do motor, fazendo com que as rodas parem de girar em falso ao detectar diferença de tração entre as rodas motrizes.
Corpo de Borboleta (TB)
O corpo de borboleta, ou throttle body (TB), regula a entrada de ar para o motor. Nos veículos mais antigos um cabo faz a ligação mecânica com o pedal do acelerador, controlado pelo motorista, e um sensor chamado TPS informa a posição da borboleta para a central de injeção. Já nos veículos mais recentes, quem comanda é a UCE do motor, comparando o sinal do pedal eletrônico do acelerador com outros sensores do motor, e acionando o motor elétrico que move a borboleta conforme a necessidade.
Correias/Correntes
Os motores a combustão interna precisam sincronizar a rotação do virabrequim com um ou mais comandos de válvulas. Para isso, muitos motores usam uma correia dentada de borracha reforçada com fibras especiais, que interliga polias dentadas. Outros utilizam uma corrente metálica. Já as correias de acessórios ou Poly-V transmitem a força do motor para componentes auxiliares como alternador, compressor do ar condicionado, bomba de direção hidráulica e outros. Em todas elas, há algum dispositivo que mantém uma tensão especificada para que a correia se mantenha no lugar mesmo sob carga.
Diagrama Elétrico
Um diagrama elétrico, ou esquema elétrico, é uma espécie de mapa dos sistemas eletroeletrônicos do veículo. Nele se representa, através de desenhos e simbologias, os circuitos de um veículo com todos os seus componentes, incluindo módulos, caixas de fusíveis, relés, sensores e atuadores. Assim também se mostra as alimentações positivas e negativas, toda a fiação que compõe os chicotes, seus conectores e terminais, entradas de sinais e, em alguns casos, as colorações dos fios.
Diferencial Traseiro
O diferencial traseiro tem dupla função: alterar a direção do torque e compensar a diferença de velocidade das rodas nas curvas. A tração do motor chega através do eixo cardan, em sentido longitudinal, no pinhão do diferencial. Este faz girar a coroa, onde engrenagens planetárias transmitem a rotação já em sentido transversal para as engrenagens satélites. Fixadas nos semi-eixos, elas permitem que cada eixo gire em uma velocidade diferente, enquanto transmite o movimento à respectiva roda.
Direção Assistida
Os sistemas de direção assistida têm o objetivo de diminuir o esforço do motorista ao virar o volante do veículo, especialmente ao estacionar. Inicialmente era comum a direção hidráulica, com bomba mecânica tocada pelo motor mas, por ela consumir potência do motor e não permitir controle preciso da pressão, criou-se a direção eletro-hidráulica, cuja bomba é elétrica. Ainda assim suscetível a vazamentos, vem sendo substituída pela direção elétrica, que utiliza um motor elétrico como multiplicador de força.
Direção Elétrica
A direção elétrica é um sistema de direção assistida que atua através de um motor elétrico. Interpretando informações como a posição do volante e a velocidade do veículo, um módulo eletrônico determina a atuação do motor. Alguns modelos possuem o motor montado diretamente na coluna, com acionamento por engrenagens. Já em outros ele fica na caixa de direção, acionando um sistema de esferas recirculantes através de correia dentada.
Direção Hidráulica
A direção hidráulica é um sistema de direção assistida que utiliza pressão hidráulica para multiplicar a força aplicada pelo motorista no volante. Funciona assim: a bomba mecânica, acionada pelo motor via correia, pressuriza o fluido. Este vai para a caixa de direção, onde um conjunto de válvulas direciona a pressão para êmbolos que correspondem à direção para a qual o volante está sendo virado, auxiliando no movimento. Há também o sistema eletro-hidráulico, que usa uma bomba elétrica comandada por módulo eletrônico, permitindo maior controle da pressão no sistema e dispensando o uso da força do motor.
DRV (Reguladora de Pressão)
A válvula DRV (Diesel Regulating Valve) equipa motores a diesel com sistema common rail, e tem a função de fazer o controle fino da pressão de combustível. Dessa forma é possível manter a pressão real do sistema o mais próximo possível da pressão calculada pela central de injeção para todas as situações de carga do motor. Ela atua direcionando o excesso de combustível do rail para a tubulação de retorno, de forma semelhante aos reguladores de pressão de linha nos motores de ciclo Otto.
EBS
O EBS (Electronic Brake System) é um sistema de frenagem de controle eletrônico aplicado a veículos pesados. Desenvolvido para diminuir o tempo de resposta do sistema de freios ao comando do motorista, normalmente é associado a outros auxílios como o ABS (Antilock Brake System) e controles de tração. Apesar do controle eletrônico, o EBS atua através de sistemas pneumáticos de frenagem, como em um freio tradicional.
Eixo Balanceador
Se utiliza os eixos balanceadores, ou eixos contra rotantes, em motores de pistão com o intuito de minimizar as vibrações que ocorrem naturalmente durante o seu funcionamento. Consistem em pesos excêntricos fixados a eixos que giram em sentido oposto ao do motor, geralmente com o dobro da velocidade. Assim, a força produzida pelos pesos anula as forças produzidas pelo motor.
Eixo Cardã
O eixo cardã é um elemento de transmissão de força motriz. Utilizado quando o motor está em posição distante do eixo tracionado, normalmente consiste de um tubo com articulações nas duas pontas, permitindo movimento independente do conjunto motor/transmissão e da suspensão do veículo.
Eletroválvula
Eletroválvulas são válvulas que, através de comando elétrico, regulam mecanicamente a passagem de algum tipo de fluido. Apesar de normalmente utilizarem solenóide para sua atuação, podem utilizar motores em seu acionamento. São comuns em sistemas que operam a vácuo, sistemas anti poluição, arrefecimento, entre outros.
Embreagem
O conjunto de embreagem faz a ligação do motor com a transmissão, permitindo o desacoplamento entre os dois quando necessário. Consiste em um disco de fricção que fica pressionado contra o volante do motor através de um sistema de mola chamada platô. Ao se acionar o pedal de embreagem, um sistema mecânico ou hidráulico afasta o disco do volante do motor, permitindo que o motor gire livremente, sem contato com a transmissão.
Filtro de Partículas (DPF)
O filtro de partículas, também chamado DPF (Diesel Particulate Filter), é um dispositivo anti poluição que coleta material particulado dos gases de escape em motores a diesel. Este material consiste de líquidos e sólidos que resultam da queima incompleta do combustível, característica destes motores. Para evitar que o filtro fique obstruído, alguns sistemas usam estratégias de queima deste material, também conhecidas como “regeneração do filtro de partículas”. Já alguns modelos necessitam substituição periódica.
Filtro Separador de Água
A condensação do ar dentro do tanque de combustível pode contaminar o diesel com água. Por isso, faz-se necessária a utilização de um filtro separador de água nos veículos a diesel. Este filtro coleta o excesso de água no combustível, evitando diversos problemas como desgaste prematuro dos cilindros, a corrosão e a oxidação de componentes metálicos do motor, oriundos da admissão da água.
Freio
O sistema de freios permite a redução de velocidade e parada de um veículo em movimento. Na maioria dos sistemas, pisar no pedal de freio empurra o fluido de freio, transferindo essa força aos êmbolos de freio. Estes aproximam um material atritante (a pastilha ou lona de freio) contra um disco ou tambor de freio, que gira junto às rodas. Isto faz com que as superfícies destes componentes entrem em atrito, transformando a energia cinética em calor e ruído, diminuindo a velocidade do veículo.
Fusível
Fusíveis são dispositivos de proteção contra sobrecarga ou curto-circuito em circuitos elétricos. Possuem um filamento interno que se rompe quando a corrente elétrica excede um valor nominal pré-definido, interrompendo a condução elétrica. Há diversos tipos e tamanhos de fusíveis, com a corrente nominal indicada na peça, em alguns casos por um código de cor.
Imobilizador de Partida
O imobilizador de partida é um inibidor de furto que identifica se a chave usada é a correta do veículo. O sistema mais comum usa um chip codificado dentro da chave, chamado transponder. Ao se inserir a chave na ignição, o módulo do imobilizador faz a alimentação elétrica por indução do transponder utilizando uma antena, que também recebe a leitura do código. Estando correto, o módulo libera a partida do veículo, caso contrário ele a bloqueia.
Índice de CO%
O índice de CO% expressa a quantidade de Monóxido de Carbono presente nos gases de escapamento resultante da combustão. Elevada quantidade de CO no escape denuncia queima ruim, oriunda de defeitos ou falta de regulagem. Esta leitura é primordial em injeções eletrônicas de “malha aberta”, sem sonda Lambda. Nestes sistemas se usa um instrumento externo para medir o índice de CO%, permitindo a regulagem do sistema.
Injeção Eletrônica
Os sistemas de injeção eletrônica foram desenvolvidos para ter maior controle e precisão sobre a proporção da mistura ar-combustível fornecida ao motor, comparado ao carburador. Para isto, um computador recebe parâmetros medidos por diversos sensores no motor e os compara com mapas pré-definidos. Com base no resultado destes cálculos, o sistema controla atuadores que permitem a adequação da mistura para o melhor desempenho.
Intercooler
O intercooler é um radiador para arrefecimento do ar de admissão, que equipa alguns veículos turboalimentados. Seu uso se dá porque a compressão provoca o aquecimento do ar, reduzindo sua densidade e prejudicando o desempenho do motor. Existem basicamente dois tipos de intercooler, os que utilizam o ar ambiente como refrigerante, e os que utilizam líquido de arrefecimento, também chamados de watercooler.
Linha K
A linha K é um protocolo de comunicação serial de baixa velocidade usado em muitos veículos. O padrão ISO 9141 dita sua especificação e necessita de apenas um fio para funcionar. Seu principal uso é na comunicação entre módulos eletrônicos e equipamentos de diagnóstico. Diferente da rede CAN, por exemplo, um módulo mestre comanda o fluxo de comunicação, determinando o tempo e o sentido das mensagens.
Marcha Lenta
A marcha lenta é a condição de rotação mínima para que o motor consiga se manter funcionando de forma estável. Ela pode ocorrer com o veículo parado ou em movimento, desde que o pedal do acelerador não esteja pressionado, e o motor esteja desacoplado da transmissão. Por segurança, economia de combustível e aumento da vida útil dos sistemas de freios e embreagem, deve-se evitar a utilização de marcha lenta com o veículo em movimento.
Mistura Pobre e Mistura Rica
A proporção da mistura ar-combustível varia de acordo com a condição de funcionamento do motor. Como referência, a proporção estequiométrica é a menor quantidade possível de ar para que se consuma todo o combustível na reação de queima. Dessa forma, chama-se mistura rica quando parte do combustível injetado sobra após o oxigênio ser consumido totalmente na combustão, e mistura pobre quando sobra oxigênio após todo o combustível que foi injetado ser consumido.
Moente
Os moentes são a parte do virabrequim onde vão montadas as bielas. Em conjunto com os braços e contrapesos onde são fixos, fazem o papel de manivelas, transformando o movimento linear dos pistões e bielas em movimento circular.
Monobloco
Monobloco é um tipo de construção de automóveis em que a própria carroceria faz a sustentação e suporta as cargas estruturais a que é submetido o veículo. Antes do seu uso em larga escala, a carroceria era um mero abrigo para os ocupantes e era montada sobre um chassi, que fazia o papel estrutural. Apesar de mais complexas para fabricar e projetar, as carrocerias monobloco costumam ser mais leves e oferecem maior rigidez estrutural.
MProp (Válvula Reguladora de Pressão de Combustível)
A válvula MProp é instalada na bomba de alta pressão dos motores com sistema common rail. Comandada pelo módulo de injeção, ela controla a alimentação de combustível na entrada de baixa pressão da bomba de alta. Isto faz com que ela limite a pressão gerada pela bomba de alta. O objetivo é manter a pressão interna do rail o mais próximo possível do valor calculado e comandado pela central de injeção eletrônica.
Munhão
Os munhões interligam os conjuntos de braço e moente, formando o eixo central do virabrequim. Eles que se apoiam nos mancais e fazem o movimento de rotação que, posteriormente, é transmitido para as rodas do carro.
Oscilograma
Os oscilogramas são os gráficos obtidos pelo osciloscópio, e permitem a análise de sinais de tensão, corrente ou pressão. Através deles é possível determinar o funcionamento de diversos componentes de um veículo. Um exemplo são os gráficos dos sensores de rotação e fase, que mostram os picos de tensão causados pelos dentes de referência da roda fônica passando pelos sensores, permitindo verificar o ponto do motor (sincronismo) de maneira extremamente precisa. Outra análise possível é a pressão nos cilindros, utilizando um transdutor de pressão, que transforma a pressão em um sinal elétrico, formando um gráfico.
Piloto Automático
O piloto automático, também chamado de cruise control, é um dispositivo que controla automaticamente a velocidade de um veículo, dispensando o comando do acelerador pelo motorista. Sua função é manter uma velocidade pré programada de forma constante, independente de aclives ou declives.
Ponto de Ignição e Avanço da Ignição
O ponto de ignição de um motor à combustão é o momento em que a centelha acontece com relação à posição do pistão na câmara de combustão. Como o combustível leva um certo tempo para queimar por completo, conforme a rotação do motor aumenta é necessário adiantar o momento da centelha. Isto torna possível a queima completa do combustível antes do fim da compressão. Esta antecipação da centelha é chamada de avanço do ponto de ignição, e preserva o motor de detonação, além de permitir melhor rendimento.
Pós-Tratamento
O sistema de pós-tratamento é o conjunto de dispositivos utilizados para reduzir a emissão de poluentes presentes nos gases de escape dos motores a combustão interna, especialmente nos motores a diesel. Podem ser utilizados diferentes equipamentos como catalisadores, filtros de partículas e injeção de fluidos como o Arla 32, cada um neutralizando determinado tipo de poluente.
Radiador
O radiador é um componente que dispersa o calor de um fluido no ar ambiente. Consiste de um conjunto de dutos, interligados por aletas que aumentam a área de contato com o ar para melhorar a dissipação do calor. São usados radiadores para diversos fluidos como o líquido de arrefecimento do motor, óleo lubrificante do motor e transmissão, entre outros.
Rede CAN
CAN (Controlled Area Network) é um protocolo de comunicação que permite a integração de diversos módulos eletrônicos no veículo, reduzindo o número de ligações elétricas entre os mesmos. Isto acontece pois as informações são transmitidas de forma codificada, em pacotes digitais, através de um sinal diferencial enviado por um par de fios trançados.
Relé
Relés são interruptores acionados eletromagneticamente. Têm uma bobina que, quando alimentada, abre ou fecha contatos elétricos. Como a bobina requer baixa corrente, são ideais para controlar com segurança sistemas de elevado consumo, dispensando comandos muito robustos. Têm seus terminais identificados pela norma DIN 72552, de acordo com a função. Há também relés eletrônicos, que substituem a bobina por um circuito eletrônico.
Sensor
Sensores medem uma grandeza e a transformam em um sinal elétrico que pode ser interpretado por um circuito eletrônico. Agem como olhos e ouvidos para os módulos de controle, informando o que está acontecendo nos diversos componentes do veículo. Com esta informação as centrais efetuam os cálculos e disparam comandos para os atuadores elétricos que irão manter todos os sistemas funcionando corretamente.
Sensor de Detonação (KS)
O sensor de detonação, ou knock sensor (KS), tem a função de detectar vibrações causadas pela detonação, também conhecida como batida de pino. Elas acontecem quando o combustível sofre a queima fora do tempo correto, provocando combustões indesejadas, e podem causar danos graves ao motor se não forem corrigidas. Com esta informação, o módulo de injeção pode ajustar a mistura de combustível e/ou o ponto de ignição para corrigir o problema.
Sensor de Fase (CMP)
O sensor de fase do motor, ou camshaft position sensor (CMP), é responsável por identificar a posição do eixo comando de válvulas. Assim, motores com mais de um comando de válvulas podem ter um sensor para cada comando. Há diversos tipos que variam em construção e local de instalação. Porém seu funcionamento é similar: ressaltos no comando ou na polia passam em frente ao sensor, fazendo com que ele gere um sinal elétrico.
Sensor de Massa do Fluxo de Ar (MAF)
O sensor de massa de ar, ou mass air flow (MAF), é um medidor da quantidade de ar que está entrando no motor. Esta informação é vital para o módulo de injeção calcular quanto combustível deve ser injetado, bem como o tempo de ignição. Apesar disso, nem todos os carros são equipados com ele, utilizando outros sensores para esta função. A vantagem do MAF é que ele mede diretamente a massa de ar passante, fornecendo uma informação mais precisa à central de injeção.
Sensor de Posição da Borboleta (TPS)
O sensor de posição da borboleta, ou throttle position sensor (TPS), informa ao módulo de injeção eletrônica o ângulo de abertura, ou posição instantânea, da borboleta de aceleração. Este é um dos parâmetros que auxiliam no cálculo do volume de ar admitido. Nos veículos com acelerador eletrônico, o TPS também serve como feedback para o módulo da injeção eletrônica, informando se o ângulo de abertura da borboleta comandado pela central foi atingido pelo atuador.
Sensor de Pressão Absoluta (MAP)
O sensor de pressão absoluta, ou manifold absolute pressure (MAP), é responsável por medir a pressão de ar interna do coletor de admissão. No módulo de injeção, esta informação é cruzada com a leitura de outros sensores para determinar a massa de ar que está entrando no motor. Isto permite à central calcular a quantidade de combustível a ser injetada, assim como o ponto de ignição.
Sensor de Rotação (CKP)
O sensor de rotação do motor, ou crankshaft position sensor (CKP), tem a função informar para o módulo de injeção eletrônica a rotação e a posição instantânea do eixo virabrequim. Existem diferentes tipos, porém todos se baseiam na passagem dos dentes de uma roda fônica em frente ao elemento sensor, o que faz gerar um sinal que é lido e interpretado pelo módulo de injeção.
Sensor de Temperatura do Ar de Admissão (ACT)
O sensor de temperatura do ar de admissão, ou air charge temperature (ACT), mede a temperatura do ar que entra no motor. Ao comparar esta informação com a dos outros sensores, o módulo de injeção consegue estimar a densidade do ar, permitindo cálculos mais precisos da mistura ar-combustível e do ponto de ignição. Tudo isto melhora a eficiência do motor, por isso muitos carros são equipados com este sensor, separado ou junto ao MAF.
Sensor do Pedal do Acelerador (SPA)
O sensor do pedal do acelerador (SPA), ou accelerator position sensor, é o responsável por informar ao módulo de injeção a posição do pedal do acelerador do veículo. Em carros mais antigos, a borboleta era acionada por um cabo ligado ao acelerador. Porém nos sistemas mais modernos, a borboleta tem comando elétrico, feito pelo módulo de injeção com base na informação do pedal, comparada com a de outros sensores.
Sistema de Partida a Frio
Equipando principalmente veículos flex ou a etanol (álcool), os sistemas de partida a frio facilitam a partida do motor em condições de baixa temperatura, porque o etanol só entra em combustão a temperaturas acima de 13ºC. Para driblar esta dificuldade, alguns veículos utilizam uma injeção de gasolina suplementar, pois a gasolina entra em combustão em temperaturas baixíssimas. Outros sistemas utilizam velas aquecedoras (resistências elétricas) para aquecer o combustível antes de entrar na câmara de combustão.
Sistema de Tração 4×4
São chamados sistemas de tração 4×4 os que distribuem a tração do motor para os dois eixos, ou 4 rodas do veículo. Conhecidos como tração integral ou AWD (All-Wheel Drive), podem ser permanentes ou intermitentes, com controle feito pelo motorista ou por um módulo que determina a demanda. Utilizam uma caixa de transferência que faz a distribuição da tração para um diferencial em cada eixo. Seu uso é voltado para pisos escorregadios pois aumentam a capacidade de tração, muito comuns em veículos fora-de-estrada e na neve.
Solenóide
Solenóides são componentes eletromagnéticos que, quando atravessados por corrente elétrica, geram um campo magnético. São associados a imãs que reagem com o campo gerado e, por causa desta interação, se movimentam de forma linear. Desta forma são utilizados para acionar válvulas, travas elétricas, entre outros dispositivos.
Sonda Lambda
O sensor de oxigênio, também conhecido como sonda Lambda, é um sensor posicionado no escapamento dos veículos equipados com injeção eletrônica, e tem a função de medir a quantidade de oxigênio presente nos gases de escape. Sendo fabricados em diversos modelos, com diferentes princípios de funcionamento, a informação que eles fornecem permite ao módulo de injeção avaliar como está a combustão do motor, corrigindo a mistura ar-combustível.
Start-Stop
A função Start-Stop desliga o veículo automaticamente após alguns segundos durante uma parada, como por exemplo num semáforo. Com o movimento dos pedais, o motor é religado automaticamente. O principal objetivo desta função é reduzir o consumo de combustível e as emissões de poluentes. Veículos com essa função possuem um sistema de partida mais robusto e também disponibilizam a informação de estado de carga da bateria.
Supercharger
O supercharger ou blower é também conhecido como compressor mecânico ou volumétrico. Sua função é similar à do turbo: comprimir o ar, permitindo que maior volume seja admitido pelo motor. A diferença está no acionamento, feito pelo próprio motor ou, em alguns casos, um motor elétrico. Como vantagem, entra em operação logo que o motor liga, sendo eficiente a partir de rotações menores que o turbo. Mas esta também é uma desvantagem por já estar consumindo potência do motor antes de ter eficiência.
Tacógrafo
O tacógrafo é um dispositivo criado para monitorar o tempo de direção, além de parâmetros como velocidade e distância percorrida. Equipando veículos pesados como caminhões e ônibus, tem o intuito de avaliar se os horários de descanso do motorista estão sendo respeitados. Há tacógrafos analógicos, que registram os dados em discos de papel, e digitais, que utilizam smart cards, podendo registrar também outros tipos de informação.
TPMS
O TPMS (tyre-pressure monitoring system) é um sistema que monitora a pressão dos pneus, informando ao motorista caso algum esteja descalibrado. Há dois sistemas: o direto, que faz uso de um sensor interno ao pneu avaliando a pressão, e o indireto, que utiliza sensores de outros sistemas do veículo para calcular a pressão dos pneus.
Tração
Tração é a força que o motor imprime às rodas, vencendo a inércia e fazendo com que o veículo se movimente. Para isso, o torque do motor é levado até as rodas pelo sistema de transmissão. Pode ser distribuída para um ou mais eixos do veículo, e há diversos dispositivos responsáveis pelo controle e distribuição da tração, dentre eles a caixa de câmbio, caixa de transferência, diferencial, entre outros.
Transmissão
A transmissão, ou caixa de câmbio, tem “marchas” selecionáveis pelo motorista: pares de engrenagens com diferentes relações de redução mecânica que permitem ao motor funcionar sempre em sua faixa de rotação ideal. Isto porque tirar um veículo do repouso exige alto torque, possibilitado pelas relações mais baixas. Mas em movimento, é preciso utilizar relações gradualmente mais altas, pois as baixas limitam a velocidade do veículo. Outra função da transmissão é permitir ao veículo trafegar em marcha à ré. Isto é feito ao se inserir uma terceira engrenagem, que inverte o sentido de rotação do motor.
Transmissão Automática
A transmissão automática, também conhecida como câmbio automático, é um sistema que dispensa as engrenagens e a seleção da marcha pelo motorista, fazendo a adequação da relação automaticamente. Há diversos sistemas, sendo comuns os de acionamento hidráulico, que utilizam um conversor de torque para acionamento. Estes sistemas proporcionam não só conforto ao condutor, como também economia de combustível.
Transmissão Automatizada
O sistema de transmissão automatizada é um híbrido entre a transmissão manual e a automática. Consiste em uma caixa de câmbio manual com embreagem porém, ao invés do acionamento mecânico feito pelo motorista, utiliza um robô que realiza o acionamento da embreagem e a troca das marchas conforme a demanda do veículo.
Trem de Força
É chamado trem de força o conjunto de elementos que fornece propulsão para o veículo. Normalmente este pacote é composto por motor, embreagem, transmissão, diferencial, eixos de transmissão e as rodas. Porém os componentes variam de acordo com a construção. Veículos com tração integral, por exemplo, podem ter outros componentes como caixa de transferência e um segundo diferencial.
Turbo
O turbocompressor consiste de um par de hélices em carcaças com formato de caracol. Um dos caracóis é ligado ao escapamento e usa o fluxo dos gases como impulsor da turbina. Através de um eixo a outra hélice gira em conjunto, comprimindo o ar e o direcionando à admissão. Isto faz com que mais ar seja admitido pelo motor, melhorando seu rendimento comparado a um aspirado de mesma cilindrada.
UCE
As UCE (Unidade de Controle Eletrônico), também chamadas de módulo ou central, são circuitos eletrônicos responsáveis por gerenciar informações e controlar um determinado componente ou sistema do veículo. Contando com mapas e/ou softwares pré-programados para responder aos comandos do motorista e sinais dos sensores, utiliza atuadores para efetuar as ações de controle necessárias.
UCE do Motor
A unidade de comando eletrônico (UCE) do motor, também chamada de módulo de injeção ou ECM, tem como função controlar a mistura ar combustível, além de comandar ponto e avanço de ignição. Para isso, a central analisa os dados que recebe dos diversos sensores que compõem o sistema, e comanda atuadores para garantir que a queima de combustível seja eficiente.
Variador de Fase
O variador de fase é o elemento que altera o tempo de abertura e fechamento das válvulas, em motores com duplo comando de válvulas. O modelo mais comum controla a posição do eixo comando de válvulas e, quando acionado, faz mudar o momento em que as válvulas abrem. O objetivo é auxiliar a admissão de ar pelos cilindros, sobretudo em faixas mais baixas de rotação, onde motores multiválvulas perdem desempenho.
Válvula EGR
A válvula EGR (Exhaust Gas Recirculation) controla a recirculação do escapamento para a admissão. Ela integra o sistema EGR que, ao misturar parte dos gases no ar admitido pelo motor, consegue reduzir a temperatura máxima de combustão e a quantidade de oxigênio. Isso diminui consideravelmente a produção de NOx, fazendo desta uma solução de controle de emissões muito utilizada em motores a combustão interna, principalmente a diesel.
Válvula Termostática
A válvula termostática controla o fluxo do fluido de arrefecimento, ajudando o motor a atingir a temperatura operacional mais rapidamente. Com o motor frio ela restringe a passagem para o radiador. Quando atingida a temperatura projetada, ela abre e permite a circulação. Comumente de acionamento mecânico, por meio do princípio da dilatação, há também válvulas de acionamento elétrico, comandadas pelo módulo da injeção.
Vela de Ignição
A vela de ignição é usada em motores ciclo Otto para proporcionar a faísca que inflama a mistura ar-combustível na câmara de combustão. Para isso ela tem um eletrodo central, conectado ao sistema de ignição, e um ou mais eletrodos de aterramento ao redor, ligados ao negativo pelo motor do veículo. O pequeno espaço entre eles, ou gap, é calibrado para ter a rigidez dielétrica adequada para a alta tensão fazer saltar a faísca.
Velocímetro
O velocímetro exibe ao motorista a velocidade instantânea de um veículo. Nos sistemas mais antigos, de acionamento mecânico, um cabo transmite o movimento da transmissão para um contador de rotações que move o ponteiro. Nos sistemas atuais, um display ou ponteiro de atuação eletrônica mostram a velocidade. Já a informação é calculada pelo módulo de injeção a partir do sinal captado por um sensor de velocidade, geralmente na transmissão. Outros usam a informação já calculada pelo módulo do ABS ou do câmbio.
Visctronic
Visctronic é um sistema de embreagem viscosa eletrônica para ventoinhas mecânicas de arrefecimento. Nos sistemas comuns, o acoplamento acontece automaticamente com o aumento da temperatura. De forma diferente, no sistema Visctronic uma eletroválvula permite o controle da ventoinha pelo módulo do motor, permitindo acionamento mais preciso e mais rápido.
Wastegate
A wastegate, também chamada de válvula de alívio, pode ter montagem interna ou externa ao turbocompressor, e controle manual, pneumático ou eletrônico. Sua função é limitar o fluxo de gases pela parte quente, controlando a velocidade de rotação da turbina para limitar a pressão gerada na admissão pelo compressor, evitando danos ao motor. Para fazer isto, quando acionada ela desvia o excesso de gases para o escapamento.
Veículos Eletrificados
São denominados veículos eletrificados os que utilizam motores elétricos para tração do veículo, seja como auxiliar ou principal. Por isso, são divididos em alguns subtipos: híbridos-elétricos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos (BEV). Os híbridos utilizam motores de combustão interna aliados aos motores elétricos, já os elétricos dispensam este recurso e utilizam apenas o propulsor elétrico.
Bateria de Alta Tensão
Nos veículos eletrificados, além da tradicional bateria de 12V, existe uma bateria de alta tensão. Ela consiste de módulos de baixa tensão montados em série que, somados, podem passar de 400V em alguns modelos. Sua função é fornecer corrente contínua ao inversor/conversor, que carrega a bateria 12V e alimenta os motores elétricos de propulsão com corrente alternada. Dependendo da classificação do veículo eletrificado, a bateria de alta tensão poderá ser carregada por carregador externo e/ou regeneração de energia.
Conector de Segurança
O conector de segurança, também conhecido como conector de serviço, é o dispositivo responsável pela desenergização do sistema de alta tensão dos veículos eletrificados. Ele interrompe diretamente a linha de alta tensão, tornando assim mais segura a realização de manutenções. Porém é importante salientar que, mesmo após a desconecta-lo, é necessário aguardar de 10 a 15 minutos para que os componentes de alta tensão estejam totalmente desenergizados antes de iniciar qualquer atividade.
Contator
Os contatores são dispositivos eletromagnéticos com funcionamento parecido com o dos relés, porém projetados para lidar com altos valores de tensão e corrente elétrica. Presentes no conjunto de baterias de alta tensão, eles permitem desligar o sistema de alta tensão do restante do veículo.
Conversor/Inversor
O conversor/inversor, também chamado de inversor/conversor, faz o gerenciamento de energia do veículo eletrificado. Tem este nome porque é capaz de realizar elevação e abaixamento de tensão DC, além de inversão de tensão DC/AC e AC/DC. Isto permite que o conversor/inversor controle, por exemplo, os motores elétricos, a energia enviada para o carregamento da bateria de alta tensão, o carregamento da bateria de 12V, entre outras funções.
Motor Elétrico
Os motores elétricos são os componentes responsáveis pela conversão da energia elétrica em energia mecânica e vice-versa. São controlados pelo conversor/inversor e a energia que consomem é fornecida pela bateria de alta tensão. Também podem atuar como uma espécie de freio magnético, devolvendo assim energia para as baterias, conceito conhecido como “Frenagem Regenerativa”.
Norma NR10
A norma NR-10 estabelece as condições exigíveis para garantir a segurança do pessoal envolvido com o trabalho em instalações elétricas, bem como segurança de usuários e terceiros. Apesar de não ser diretamente voltada à área automotiva, é ela quem especifica os equipamentos e procedimentos recomendados para manutenção em sistemas elétricos de tensão elevada, presentes em veículos eletrificados.
Regeneração
A regeneração em veículos eletrificados é o carregamento da bateria de alta tensão feito quando se freia e/ou desacelera o veículo. Nestas situações o motor elétrico exerce o papel de um freio motor magnético e, assim, passa a atuar como gerador e carrega a bateria de alta tensão. Desta forma, o conversor/inversor utiliza a energia cinética que os freios dissipariam em forma de calor .